Por Beatriz Ribeiro, Analista de Marketing na Sauter
O Brasil foi apontado como terceiro pior ambiente digital do G20, segundo o Índice de Defesa Cibernética divulgado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos EUA. Segundo estudo realizado pelo MIT, o risco de crime na internet é tão alto quanto na rua, o país sofre com carência de investimentos e regulamentações. Entre os principais golpes ocorridos, destaca-se o phishing — a obtenção de dados por meio de sites e e-mails falsos. Na prática, os hackers se passam por instituições financeiras para obterem acesso a dados sigilosos.
O Índice de Defesa Cibernética é um ranking com as 20 das principais economias do mundo de acordo com seus ativos de segurança cibernética coletiva, capacidades organizacionais e posições políticas. Ele mede o grau em que essas economias adotaram práticas tecnológicas que promovem a resistência a ataques cibernéticos e como os governos e as estruturas políticas promovem transações digitais seguras.
Para a criação do relatório, os cientistas do MIT estudaram como as 20 principais economias do planeta utilizam práticas tecnológicas para se prevenir de ataques cibernéticos. As bases utilizadas no estudo: Infraestrutura Crítica; Recursos de Segurança Cibernética; Capacidade Organizacional e Comprometimento com Políticas.
Segundo os analistas, mesmo aprimorando suas práticas, no relatório, o Brasil ocupa a 18ª colocação no ranking. Para o CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, André Miceli, “Assim como a segurança pública, na rua, é um problema enorme no Brasil, no digital também”.
Como o Brasil está tentando melhorar sua segurança cibernética?
De acordo com a diretora editorial do MIT Technology Review Insights, Laurel Ruma, os governos de todos os países estudados no relatório deste ano estão trabalhando duro para introduzir as melhores práticas regulatórias globais, “mesmo países como o Brasil que estão relativamente atrasados”, diz ela.
Mesmo numa posição ruim, o Brasil mostrou progresso em Agosto de 2022, tal progresso se deu quando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) realizou sua primeira consulta pública para criar uma agenda regulatória no setor, diz o relatório.
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